terça-feira, 26 de outubro de 2010

MARLEY E EU




“Uma pessoa pode aprender muito com um cão, mesmo
com um cão maluco como o nosso”, escrevi. “Marley me ensinou a viver
cada dia com alegria e exuberância desenfreadas, aproveitar cada
momento e seguir o que diz o coração. Ele me ensinou a apreciar coisas
simples — um passeio pelo bosque, uma neve recém-caída, uma soneca
sob o sol de inverno. E enquanto envelhecia e adoecia, ensinou-me a
manter o otimismo diante da adversidade. Principalmente, ele me
ensinou sobre a amizade e o altruísmo e, acima de tudo, sobre lealdade
incondicional.
Era um conceito interessante que só então, após a morte dele, eu
compreendia inteiramente. Marley como mentor. Como professor e
exemplo. Seria possível para um cachorro — qualquer cachorro, mas
principalmente um absolutamente incontrolável e maluco como o
nosso — pudesse mostrar aos seres humanos o que realmente
importava na vida? Eu acreditava que sim. Lealdade. Coragem.
Devoção. Simplicidade. Alegria. E também as coisas que não tinham
importância. Um cão não precisa de carros modernos, palacetes ou
roupas de grife. Símbolos de status não significam nada para ele. Um
pedaço de madeira encontrado na praia serve. Um cão não julga os
outros por sua cor, credo ou classe, mas por quem são por dentro. Um
cão não se importa se você é rico ou pobre, educado ou analfabeto,
inteligente ou burro. Se você lhe der seu coração, ele lhe dará o dele."

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